João César Monteiro, O Último Mergulho. (1992).
domingo, 5 de outubro de 2014
Francisco Sá de Miranda. Comigo me desavim
Comigo me desavim,
sou posto em todo perigo;
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
antes que esta assi crescesse;
agora já fugiria
de mim, se de mim pudesse.
¿Que meo espero ou que fim
do vão trabalho que sigo,
pois que trago a mim comigo,
tamanho imigo de mim?
Francisco Sá de Miranda.
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