Não. Beijemo-nos, apenas,
Nesta agonia da tarde. 
Guarda – 
Para outro momento, 
Teu viril corpo trigueiro. 
O meu desejo não arde 
E a convivência contigo 
Modificou-me – sou outro... 
A névoa da noite cai. 
Já mal distingo a cor fulva 
Dos teus cabelos. – És lindo! 
A morte 
Devia ser 
Uma vaga fantasia! 
Dá-me o teu braço: - não ponhas 
Esse desmaio na voz. 
Sim, beijemo-nos, apenas!, 
- Que mais precisamos nós? 

 
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