As minhas mãos são esguias, 
São fusos brancos d'arminho, 
Onde fiaste e não fias 
O Sonho do teu carinho. 
As minhas mãos são esguias, 
Côr de rosa são as unhas, 
E nellas todos os dias 
Ponho a pomada que punhas. 
Quando Eu as fico polindo 
Perpassa nellas em ancia 
A tua boca sorrindo…
Mas os meus dedos em i 
Dizem a longa distancia 
Que vae de Mim para Ti.
Violante de Cysneiros, in Orpheu 2, Lisboa, 1915.
 
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