Eu
quis acender o espírito da vida,
Quis
refundir meu próprio molde,
Quis
conhecer a verdade dos seres, dos elementos;
Me
rebelei contra Deus,
Contra
o papa, os banqueiros, a escola antiga,
Contra
minha família, contra meu amor,
Depois
contra o trabalho,
Depois
contra a preguiça,
Depois
contra mim mesmo,
Contra
minhas três dimensões.
Então
o ditador do mundo
Mandou
me prender no Pão de Açúcar:
Vem
esquadrilhas de aviões
Bicar
o meu pobre fígado.
Vomito
bílis em quantidade,
Contemplo
lá embaixo as filhas do mar
Vestidas
de maiô, cantando sambas,
Vejo
madrugadas e tardes nascerem
–
Pureza e simplicidade da vida! –
Mas
não posso pedir perdão.
Sem comentários:
Enviar um comentário