segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

António Manuel Couto Viana. Pórtico


 Seja a minha poesia delicada,
Redondo afago em corpo feminino;
Grácil, viril, como uma espada;
Pura como um desejo de menino;

Em lhe bulindo o Sol, seja um brilhante;
Doce qual uma nota musical
- E que eu me espante
De tê-la assim criado natural.



 António Manuel Couto Viana. 60 Anos de Poesia. Lisboa: INCM, 2004.

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