sexta-feira, 27 de maio de 2016

Carlos de Oliveira

Águia

As águias não deviam ser aves
mas corações aduncos e com asas:

se olhares à flor dos campos e das casas
sentes o peito maior do que a amplidão:

se alguma coisa nasceu para voar
foi o teu coração.



Carlos de Oliveira. Trabalho Poético. Lisboa: Assírio & Alvim, 2003.

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