Escreverás no centro dessa casa.
(com o fogo do coração)
Tudo sublinhado a verde -
Escreverás com a força dos grandes rios.
Com um giz no chão, com uma chave no cimento molhado,
Com um ferro no ladrilho.
Falarás de todos os que arderam antes de ti.
Das crianças, das árvores. Da América.
De como os gregos tinham duas palavras para dizer vida
e de duas irmãs siameses que estão a nascer neste preciso momento
(com o fogo do coração)
Tudo sublinhado a verde -
Escreverás com a força dos grandes rios.
Com um giz no chão, com uma chave no cimento molhado,
Com um ferro no ladrilho.
Falarás de todos os que arderam antes de ti.
Das crianças, das árvores. Da América.
De como os gregos tinham duas palavras para dizer vida
e de duas irmãs siameses que estão a nascer neste preciso momento
com um único coração.
De como é impossível separar aquilo que a vida une
com o seu musgo, com a sua argila, com o seu húmus –
com o seu musgo, com a sua argila, com o seu húmus –
e que partirem faz também parte do milagre.
Falarás de como os guardas florestais gostam de fumar nos cumes mais altos,
de que nenhum fardo é tão pesado se fechas os olhos devagar
para mergulhar nessa imensidão que te rodeia.
Com a força dos grandes rios
falarás dos que arderam antes de ti.
E os teus olhos verão tudo a nascer.
falarás dos que arderam antes de ti.
E os teus olhos verão tudo a nascer.
Tudo a nascer com força...
Nuno Brito.
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