segunda-feira, 4 de maio de 2015

Carla Diacov

queria sondar o excêntrico intocável através do sangue da fulaninha
queria procriar e queria trucidar com a pressa do passo
lembra?
andávamos
sem a nós nos encontrar
ai meu amor que não chega
ai a melancolia no fundo do prato, anjo  

aquieta essa boca
amanhã alguém morre no samba


Carla Diacov, Amanhã alguém morre no Samba, Lisboa, Douda Correria, 2015.

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