I.
 Quis ser realizador de cinema mudo
e captar a
câmara negra, o registo quente e  solar:
do teu sorriso, monólito aceso de obsidiana e
 voo perfeito,  captar  num ângulo Múltiplo um abraço e
tudo que é gente e Sobe
 ser só ângulo de encontro e perda,  tudo o  que queima, derrete  e chove
Sonho de borboleta africana, pirilampo e urso polar;
Concerto de muitos sinos e do Chile inteiro no fundo do mar,
unir os sonhos por novelos de espuma
Recheá-los de tudo o que está por fundir,
Ser a Gente que veio e a Gente que há-de vir
II.
Unir dois sonhos numa grande angular
Induzir a Pluto que se torne gente e só vontade de errar,
Comboio que acende e passa a fronteira
Comboio com todas as pontas acesas, só Desejo de Abraçar...
Nuno Brito.
 
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