1.
Desenho com este poema uma árvore. Estas são
as raízes.
Mas o poema nascerá
livre e diferente.
2.
No interior do pólen, sob o nosso desejo
a palavra permanece imóvel, sem tocar
os lábios.
Habitará apenas a memoria.
3.
Talvez esta seja a nudez do teu corpo,
ou a linha das ondas enquanto recordamos
a tarde que ficou junto das grandes árvores,
o sol, os frescos barcos que passam nos teus olhos…
Fernando Guimarães, Os habitantes do amor.
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