Veio-me à ideia
que a morte era a única saída para a minha ereção; mortos Simona e eu, o
universo da nossa prisão pessoal, insuportável para nós, seria substituído
necessariamente pelo das estrelas puras, desligadas de qualquer relação com o
olhar alheio, e adverti com calma, sem a lentidão e a torpeza humanas, o que parecia
ser o fim dos desenfreados institutos sexuais: uma incandescência geométrica
(entre outras coisas, o ponto de coincidência da vida e da morte, do ser e do
nada) e perfeitamente fulgurante.
Georges
Bataille, História do Olho, (1928).
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