domingo, 25 de agosto de 2013

Eugénio de Andrade

Sobre as Sílabas

O assédio do verão, as rolas
dos pinheiros, a risca de sal
das areias; às vezes
chovia – então um barco
de borco era o abrigo
era o amigo; a chuva abria
o aroma dos fenos, não tardava
o sol em cada sílaba.

Eugénio de Andrade – Rente ao Dizer (1992).


Sem comentários:

Enviar um comentário