quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Eugénio de Andrade: Matéria Solar

 30.

Levei as mãos aos olhos para ver
se mesmo em ruína ainda existias,
mergulhei no sol os dedos todos,
vêm molhados das águas fatigados –
o corpo perdia-se frente aos dias.


Eugénio e Andrade. Matéria Solar. Porto: Limiar, 1980.

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