O teu corpo,
uma vez o meu altar e pecado,
O teu corpo
agora amarelo e viscoso,
hostil como a freira enclausurada,
é uma forma obscena ao sol.
Tu estás morta –
tu, o meu pão e vinho santo!
Tu foste
a minha dor,
o sol
e a chuva;
Tu foste
saudade,
tudo
e desejo
quando nós
sofrendo,
quando nós
encontrámos
uma nova
luz
uma nova
fé!
Tu estás morta –
Tu, o meu pão e vinho santo.
V.A., A Saudade na
Poesia Portuguesa: Seleção e prefácio de Urbano Tavares Rodrigues, Lisboa,
Portugália, 1967.
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